Como sempre existe muitos comentários e dúvidas sobre bocais, estamos disponibilizando algumas especificações que podem ajudar na hora de escolher um bocal.

Borda – Um contorno chato tende a segurar os lábios no lugar, por isso bordas com um contorno mais arredondado permitem maior flexibilidade que os de contorno chato. Uma borda mais larga aumenta o conforto e a resistência sobre uma borda mais estreita. Porém uma borda larga oferece menos flexibilidade. Uma borda que tenha a beirada (bite) mais aguda no lado de dentro fornece articulações mais claras por segurar os lábios no lugar.

Cup – Com o aumento do cup em tamanho, sobrará mais lábio para vibrar o que faz um som com mais volume. A profundidade do cup ajuda a controlar a qualidade do tom. Um formato arredondado produz um som mais brilhante. Quando mais o formato se aproxima de um “V”, mais opaco o som se torna.

Backbore – O formato do backbore, tão como seu volume, é muito importante no controle da resistência e da qualidade sonora. Geralmente um backbore mais justo ou menor produz um som mais brilhante enquanto que um backbore mais largo produz um som mais opaco e meloso.

Shank – O tamanho do shank controla quão fundo o bocal se encaixa nos lábios. Na maioria dos instrumentos o bocal não se encaixa contra o fim do bocal, criando assim uma brecha entre o fim e o começo do bocal. Essa brecha é muito importante na medida que ela afeta a resistência e a entonação; uma brecha menor produz menos resistência e vice-versa.

Escolhendo um bocal certo Iniciantes – É recomendável ficar com o tipo de cup e backbore de tamanho próximo dos bocais 7 com um desses bocais. A escolha da borda (larga) é uma área em benefício do estudante neste estágio, desde que a escolha seja de acordo com a formação dentária, lábios e o maxilar do estudante. Há ocasiões em que se escolhendo um bocal com um diâmetro maior será melhor para o estudante. Se após algumas semanas o estudante ainda tiver problemas produzindo um tom, tente uma borda mais larga. Em muitos casos em especialmente se o estudante tem os dentes frontais muito largos ou usa aparelhos, uma borda mais larga ajudará a soltar os lábios, permitindo assim uma vibração mais fácil.

Intermediários – Nesse estágio o estudante terá desenvolvido maior resistência e poderá mudar para um bocal mais largo. É recomendável ficar com um cup e backbore de tamanho médio. Uma típica mudança seria de um 11C. Mudando para um bocal ainda mais largo dará um som mais cheio e um tom mais ressonante.

Avançados – Se o trompetista está tocando em uma banda de jazz, especificamente se o repertório é pesado, ele optará para um bocal que realce os registros agudos tão como produzindo uma qualidade de tom que o ajudará a dar as “cortadas” na banda. Isso geralmente significa escolher um cup e backbore menor como os 13. Trompetistas estudando um método de jazz provavelmente preferirão um tom mais cheio, sendo o bocal um 13. Se o estudante está interessado em tocar em uma orquestra sinfônica, então provavelmente escolherá um 1C ou 3C.

Mesmo muitos professores seguirem a numeração de bocais como sendo uma regra, ela não se aplica muito bem na vida real. Como cada musico tem a formação dos lábios de um jeito, o interessante é ele ir testando os bocais até encontrar o que mais lhe dará conforto. É interessante o aluno partir com um bocal standart como um 7C e após 1 ano de estudo ver se gosta do timbre desse bocal, ou seja interessante partir para um bocal maior ou menor.

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